terça-feira, 28 de dezembro de 2010

então o natal já foi.

mais ele não saiu de mim.

 fica aqui.
Tá me enxendo até agora.
Me completando, me exaurindo.
então eu sigo.
porque o ano novo já chega,
e algo vai ter que sair pra deixar espaço pra ele.

sábado, 18 de dezembro de 2010

e então seu sorriso cintilando, brilhando acima daquelas,
ofuscando tanto que me fez esquecer do porque eu queria fugir, do porque eu tentei fugir.
não deu certo, não foi mesmo?
só pense a respeito disso.
mesmo depois de achar que estava tudo perdido durante muito tempo.
ou talvez só pelo tempo suficiente, bem vem você e me invade de novo.
com permissão de quem, eu pergunto? já não basta pra você tudo da última vez?
pelo visto não.
e pra mim também não basta, eu quero mais, muito mais que isso.
 e talvez eu até consiga dessa vez

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

você me bagunça toda. e eu odeio isso.
eu amo odiar você
e odeio não saber mais o que querer.
o certo errado se confundem, parece só mais uma comédia romantica da tv,
mas talvez seja só o novo hit pop daquela banda cheia de música melosinha...
não, isso é sobre nós dois, e se a gente continua assim.
odeio o jeito como mexe com a minha cabeça...
isso é uma droga. uma grande droga.
mais não é disso que tudo se trata?

uma droga monumental? um perigo pra nós mesmos?
bem, eu acho que a gente vai descobrir.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

I Believe I Can Fly


algo muito bom está acontecendo, a melhor coisa que jamais se imaginou, mas só irá perceber isso quando já estiver lá.
e se eu puder apenas acreditar em tudo isso, talvez seja verdade.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

calor.

esse calor me mata. modorrento ou não.
 nunca importa.
me consome tanto uns poucos minutos dele quanto uma longa maratona, e cá entre nós, eu não sou a pessoa mais atlética que conhecemos
e essa instabilidade toda...deixa tão ansiosa, tão perdida.
nem sei mais como fazer.
algum tempo atrás me prometi parar de fugir, mas é difícil se quem foge não é você.
esperei um tempo até ele voltar.
acho que sempre soube que não aconteceria. que pena.
mas não é isso o que me incomoda, é essa situação toda. tá muito "capenga"
odeio situações assim.
quero as coisas claras, mesmo que sejam só espirais de fumaça, não importa.
eu preciso ver, e mais que ver, eu preciso sentir tudo isso.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

depois de não acreditar, de não esperar, de muito querer.
lidar com essa bagunça toda.
tanto cansaço, tanto medo, tanta raiva.
de repento brilha, e permanece lá, um pequeno cristal de felicidade.
uma esperançazinha me mantedo aquecida.
você consegue perceber isso?
queria guardar em um caixinha com laço e fita, pra poder ficar olhando brilhar quando desse vontade.
pegar na mãe de vez em quando.
e depois colocar no lugar novamente...
estou quase lá, só falta encontrar a fita para a caixinha...

domingo, 5 de dezembro de 2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

eu NÃO quero mais.

odeio quando fingem que se importam
mas é só a curiosidade do momento ajudada pela oportunidade de jogar na minha cara depois o quanto eu fui idiota.
odeio me sentir patética, cretina e filha da puta, por maior que seja a frequência com que eu sinta isso.
odeio a vida não ter poesia, o romantismo ser uma invenção e toda essa farsa bem educada que cerca a hipocrisia das pessoas.
odeio o modo como a vida se parece com aquele filme tonto que eu assisti quando era criança e nunca descobri o nome, onde a vida do cara era um reality show, e ninguém contou ou peguntou para ele se era isso que ele queria..
odeio essa merda toda de fragilidade e insegurança, toda essa fraqueza que me domina, me impera.
odeio como eu sempre volto atrás e acredito que tudo pode valer a pena, como tudo cintila e como sempre volto a acreditar que as coisas e as pessoas podem valer a pena.
odeio como tudo é instinto ou questão de praticidade. odeio tanto.
odeio até o fato de que ninguém vai se importar com isso, mas eu provavelmente odiaria também se alguém realmente se importasse com isso.
odeio a forma com que culpo os inocentes e os que nada tem a ver, mas isso é só a teoria do caos de novo, não é? aquele negócio da borboleta e o furacão.
odeio vocês, todos vocês, mas ainda maior que esse, é o meu ódio por mim mesma. porque eu sei que daqui a alguns dias eu vou ler isso e achar que foi só eu sendo dramática de novo.
odeio tanto que nem sei mais se odeio. tanto que nem sei mais odiar.




segunda-feira, 29 de novembro de 2010

reagir/libertar/ressentir/querer

pode parecer tão difícil as vezes.
mas eu sei que é preciso, vou permanecer aqui.
ir contra as vontades pelo o que é necessário.
As vezes me pergunto se vale a pena.
eu realmente espero que sim.
Só não espero descobrir que não é quando for muito tarde.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

eu já disse o quanto amo doce de leite?

me deixa feliz. me faz sentir aquela cócega no fundo do estômago. Até melhora o humor.
Amo tanto quanto amo você. Mesmo as 7 da manhã, e isso é muito, acredite.
Ando escutando muita música ultimamente. Sempre gostei de muita música. mas não escutava essas.
Alguma coisa está mudando aqui dentro. Talvez seja permanente.
eu não queria ter perder. não queria ter de pensar na possibilidade de te perder.
será que eu poderia acreditar numa verdade inventada?
um lugar comum onde as pessoas nunca partiriam, e o pra sempre seria o agora?
eu não sei. a realidade aflige. As vezes eu odeio tudo o que é verdadeiro, e isso inclui você.
Ultimamente eu não sei de muita coisa. Tem tanta confusão por perto que eu fico perdida.
Tudo está tão estranho, como se não bastasse mais. Eu queria poder gritar o que está me esmagando. 
Por que as coisas não poderiam ser mais simples de serem ditas? De serem vividas?
não precisa explicar tudo, só precisa estar presente.
não fale por mim, não sinta por mim. Só fale comigo, sinta comigo.


 Fica comigo. Agora.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

as vezes tenho sonhos de pedras.

as vezes eu ajo como elas.
mas o que eu queria mesmo era saber como ser tudo que está gritando aqui dentro.
sem surtar. sem fazer tudo errado sempre.
as vezes eu acho que eu quero demais.
sempre sei que quero demais. não posso negar.
mas é o meu querer gritando, que faz tudo ser assim, oblíquo.
se confundo tudo, se nada é o que parece, deixa o tempo.
o tempo pelo tempo.
quem sabe no fim, eu já não esteja mais aqui, deliberando?
quem sabe eu encontro a minha voz, a minha vez.
é, quem sabe.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

folcloreando por aí,

também me avisaram disso.
eu sou uma eterna tempestade em um copo d'água
respirar em fim.
paranóica e louca. que novidade há nisso?
a mais dramática das filhas.
eu sei, eu sei.
mas você sabe que a culpa disso também é sua, não sabe?
vou parar por aqui. daqui a pouco eu saio voando.
sabia que já vieram me verificar pra ver se a minha insanidade andas nas taxas corriqueiras?
eu queria poder te contar isso...
quem sabe amanhã.
fingindo que se importa...
eu gosto disso. pelo menos não dói tanto.
não quando você está aqui.
e quando tudo permanece assim, bem o que eu posso dizer?
eu aprendi a gostar de limonada...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

por favor, entenda.

eu só preciso de um pouco mais de ar, entende?
não assim. não como um silêncio que grita.
do tipo de silêncio que é tão íntimo quanto aquele seu sorriso.
ou aquelas duas pintinhas que você tem nos lábios.
você sabe que eu amo pintinhas.
e sério, quem tem pintinha na boca? é adorável.
sabe aquele silêncio de quando me abraça forte?
é, e dai que eu amo abraços?
e daí que eu choro as vezes, escondida?
você nunca deveria saber disso.
não finja que não entende, que tá tudo bem. faz tempo que eu não ando de patins.
eu sei e você também sabe o quão ridículo isso soaria.
e sou só eu de novo. por que isso tá me parecendo algo que já aconteceu?
eu e o meu drama.
você e o meu drama.
tanto faz. diamantes e cacos de vidro misturados.
não.
as vezes eu só acho que a gente se sufocou muito cedo.
eu deveria ter mentido. talvez.
mas eu acreditei não foi? eu  cumpri a minha parte. e você?
eu não sei se poderia dizer o mesmo. o fogo das minhas unhas.
eu não quero reescrever nada, e releituras podem ser bem chatas as vezes.
você sabe o quanto eu me importo. mas fingiu que não tava lá.
só vai falar que tanto faz de novo. 
e se dessa vez não for real, bem por que deveria eu falar nisso então? perde o seu valor.
cansei de coisas estranhas. não do que é estranho por natureza, você entendeu o que eu disse.
coisas estranhas me atraem. 
mas quando elas ficam estranhas desse jeito. 
sabe, entre a gente, tanto que dá vontade de gritar. 
me perdoe, mas é um porre.
será que eu só to errando mais uma vez? será que só eu que to errando?
e nem vem com chocolate. eu não to de tpm, porra.
você já devia ter percebido isso. além do mais eu ia preferir pão de queijo.
e você também já deveria saber disso.
mais uma vez deixou fugir por entre os seus dedos.
eu só queria poder te dizer agora, só agora.
que eu me importo. eu realmente queria.
mas eu não sei se a gente ainda tem tempo pra isso.
improvável. tempo é relativo? concorda comigo só agora.
uma música me contou que não. você sabe que eu não me importo. já faz tempo
e dai? um palavrão a mais não vai pesar tanto assim na sua consciência.
nem sei se você ainda tem uma. sinceramente.
só não me canse muito.
eu gostava da música, mas já não sei mais.
tá tudo desmoronando dentro de mim.
e por fora não existiam paredes reais.
era tudo bolha, cristal finíssimo. multicolorido de fino trato. só pros outros.
por dentro me prendia. asfixiava.
eu não posso mais, apenas.
mas fomos nós que quisemos assim.
te contei que gosto de ferro fundido?
vermelho na brasa da cor do meu esmalte?
eu acho que disse.
mas você provavelmente só fingiu estar lá.
me falaram que isso ia acontecer. eu sabia que ia.
mas eu esperava, de verdade, que demorasse um pouco mais.
e relaxa, tudo bem.
a culpa é minha, dessa vez. apesar disso não mudar como eu me sinto.
mas eu sinto como se eu estivesse sempre me desculpando, sempre transformando pequenas coisas em grandes.
eu não quero mais eventos. eu quero você
pra mim, sozinho. será que seria tão ruim assim? eu não vou te devorar vivo. não muito.
e nem vem com esse papo de insegurança, 
achei que eu fosse a criança patética da história. mas eu assumo que a sou. e você?
resolveu fazer papel de que dessa vez?
sinto muito,você não pode ser o meu batman. 
ou talvez seja só eu que não tenha talento pra ser uma princesa guerreira mesmo.
estamos flutuando e não podemos nos deixar alcançar.
sabe, eu não vou mais mencionar.
repara se quiser. liga se quiser. fica se quiser.
não quero mais pedir perdão. nem brigar, nem nada.
acho que não quero ao menos ter de fazer uma lista com você.
sabe como é, esses planos pro futuro.
é ridículo pensar num futuro que não seja a próxima semana.
e dessa vez não é só minha culpa.
eu queria poder ter algo mais que isso. acho que me enganei.
e a minha vontade de te beijar se misturou com esse nó no estômago. nem um nem outro, sabe como é? eu sei que você sabe.
eu acho que eu só queria poder parar no tempo e assistir. você e o resto.
eu achei que seria diferente no final das contas.
eu achei que eu fosse, você sabe, só poder falar com você.
e dai que não sou tão inocente assim?
ninguém se importa mais com isso. eu não me importo.
não se você continuar. mas finja que eu não disse nada, por favor.
eu nen ao menos entendo como tudo ficou assim, sério.
tudo ficou tão... assim, de repente.
fumaça. eu sei que essa bagunça toda é você. é como a gente.
eu queria poder não sentir isso. queria que você também não.
talvez eu esteja só divagando, de novo.
quem sabe? são só os nossos prós e contras se somando.
mas eu tenho que parar de ler isso.


e quem sabe, até mesmo, ler mais você.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Do You Know What I'm Seeing




 tudo de novo. e mais umas mil vezes.
mil milhões de vezes.
acho que é esse o meu número da sorte.


sem palavras, só números.
sem caminhadas, passos demais.
me cansei dos exageros.
só mil milhões agora.


eu não quero mais dividir, nem nada.
a única fórmula que eu sei é a do delta.
e a do seu rosto. de todos eles.
eu já decorei todos os formatos e variáveis.
os angulos tão. bem, você sabe.
só me deixe recobrar a consciência de novo.
os pássaros são todas as palavras.
acho que eu estou me perdendo.
lembranças sempre me consumiram como se eu não tivesse nada a que me prender.


e talvez eu não tenha mesmo.
eu li que você poderia me salvar? será verdade?
eu acho que não.
eu me perdi tanto. só não quero ter de voltar.
ao que eu era. só até quando você estava lá
tão de repente.
tomava conta de tudo. de uma forma quase boa demais.


eu esqueci. não quero mais números.
mil milhões me bastam. não será ótimo?
eu digo, se você continuar aqui?


bem você já sabia, desde o início. sempre foi assim.
eu já esperava.
sempre quis, e você também já sabia disso.
mas diz que não. só mais mil milhões de instantes. 
aqui, novamente.



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

eu queria aquele vento com gosto de novo, sabe?

aquele que tem gosto de doce. doce de abóbora.eu também queria você.
quando você ri, me fazendo rir junto. ah, ai sim ! mas sem essas brincadeiras de se sorrir, eu continuo flutuando na minha nuvem cor de rosa.
por que não existe nenhuma fruta azul,? eu queria te beijar hoje de novo.
já discutimos um casamento e um filho. o que nos falta agora?
odeio ficar em casa sem você. mas você nunca vem aqui comigo
deixa o tempo. deixa todo mundo. eu já não me importo. 
eu não queria te levar para uma ilha deserta, eu não te usaria assim...mas talvez, só talvez desse tudo certo, e a ilha se transformasse numa clareira de flores do campo. 
Ali todo mundo me conta coisas inúteis que eu já quis saber. mas eles demoraram muito. 
eu prefiro não saber nada agora. eu queria ter o poder da ignorância. 
ela é tão bela se usada corretamente, até me entristesse.
queria também poder gritar pra você uma ou duas desonras. 
as vezes acho que essa seria a nossa solução particular. um pequeno segredo. 
eu queria te pedir pra sentir o seu pesar. o seu amor. o seu medo.
aquele mais escondido, o mais encardido. 
queria saber alguma coisa que ninguém mais sabe. mas que não fosse novidade, sei lá. 
queria ser sua até.
mas eu queria tanta coisa que acho que nem sei mais o que é querer.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

primeiros

primeiro acordar
dizem que a primeira vez não se esquece. eu espero que não
é tão luminoso do seu lado. esfuziante. primeira briga
você sempre sorri, e sorri tanto que me deixa sorrindo também. tenho que parar com isso. primeiro dormir.
 as vezes eu sou meio anacrônica, mas você também já percebeu isso. sorte sua.
as primeiras experiências me confundem. você foi uma primeira experiência. acho que essa luz toda me cega. eu vou me machucar.
mas eu já estou tão acostumada a estar errada a respeito de tudo...
é. tudo mudou. primeiro beijo
dormir e acordar. como um só.
eu queria estar perto de você agora.
acho melhor só ficar aqui esperando.
eu sabia que você ia voltar atrás. você sempre reclama muito.
um pequeno badboy de mentira. primeira foto
sua máscara caiu. você descobriu que eu gostei do que vi.
Três anos é muito tempo. por que não agora?
eu queria, é.
eu sei que você também precisa disso. e já faz tempo.
toma coragem, por favor?

domingo, 3 de outubro de 2010

baby baby i don't know but i want you


 you come around and say hello

 droga. a maldição das tres palavras. seis letras

and i don't know what to do

parece que sobrevivi. mais do que isso.

parece que só agora vivi.

you look at me and see right through

e como é bom estar viva, com o sangue rubro nas faces.
eu o tenho. e é recípocro.
só agora eu consigo perceber, e você também pode, estou certa disso.

who the hell are you?

não é só mais um jogo, não é mesmo?

 baby baby i don't know but i want you

me diga, por favor.

baby baby i don't know but i want you

você está em mim.

see it, need it, dream it

pra sempre. uma enxurrada de lembranças. vão estar sempre aqui.

do you want it?

eu já não me importo. eu não sei o que tenho. ou melhor,

call me and then meet me

eu sei o que preciso.

creio que tenho amor.
veneno e salvação em um só.
como cada uma das suas mil milhões de pintas.

baby baby i don't know but i want you

todas amáveis.
todas beijáveis.
todas minhas.

baby baby i don't know but i want you

e rimos como só os tolos podem rir.
tão tolos. tão felizes.

 whenever i look at you

é somos bobos, e maus ainda por cima.
dá vontade até de ser mãe.  i don't know what to do

mas é assim que tem que ser, não é mesmo?
não é mesmo?
nós sabemos que é.

baby baby i don't know but i want you
baby baby i don't know but i want you

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

juntos, talvez só juntos

descobri que posso pular. descobri que posso cantar, sonhar. até mesmo querer sem medo.
e você também descobriu isso.
descobri que você pode querer, e meu bem, eu já quero. muito
descobrindo você, eu me descobri.
descobrimos juntos.
manso. macio.
sem uma sede perguntando do fundo da garganta. sem muitas perguntas engasgadas.
só algumas. só as vezes.
é, eu também descobri isso.
eu posso descobrir a América de novo.
e o cheiro daquela camisa.
as amoras nos pés. os sorrisos. os pés com as amoras.
tão vermelhas, tão pitangas.
queria tudo de novo.
queria sentir de novo.

eu quis você.
eu consegui. eu descobri.
é tão bom se sentir assim, desde que você não saiba.
eu só queria que você sentisse mais uma vez.
será que eu consigo?
eu poderia? e você? poderia mais uma vez?
eu não sei.
mas quero descobrir isso.
eu quero te descobrir. agora

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

lua


doendo tanto que eu não sei mais como sentir.
não sei mais como ver ou respirar.
só consego enxergar essa dor me sufocando.
voce me feriu e viu isso. maltratou e percebeu o poder que tinha.
agora quer me culpar por tudo o que aconteceu?
sinto muito. cansei de te proteger.
minhas mãos tão rasgadas e cheias de feridas agora resolveram me segurar um pouco, só por um instante e enquanto tudo se mesclar. eu vou me segurar de pé e te ver partir
eu não queria que fosse assim
não podia ser assim
mas acho que não tem como dar um jeito nisso, tem?
as coisas se desenrolam nebulosamente.
 eu não sei o que pensar voce me largou no meio de uma tempestade e sorriu agora grita
me perdi, completamente.
eu não sei mais como me encontrar.
e nem você.
tudo confuso.
a fumaça escureceu a nossa visão.
eu não sei mais o que pensar, e acho que você também.
talvez uma tarde com um pouco de Caio Fernando Abreu e falta de você me ajudem. talvez.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

tão feliz

tão feliz tão feliz tão feliz
repita isso como se fosse um mantra durante uma semana. deixe a mensagem se infiltrar em sua mente e você chegará a um terço da minha felicidade.
ele me faz tão bem que dá medo.
procuro não esperar nada, não querer muito.
mas eu não consigo. é.
ele desperta um certo encanto e pronto.
não sei mais o que é. não sei mais como é.
e é só isso.
tudo acaba, fica lindo dourado...
e ele permanece lá.
é, eu acho que ele conseguiu.
e eu só me importo um pouco.
a luz me ofusca tanto e sempre mais.
aprendi a gostar do sol. infelizmente.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

eu acho que preciso de uma emergência


uma boa emergência é sempre uma boa saída. Nos fazem agir por impulso, com medo e nos mostra a essência.
eu queria que minha essência fosse mais branda. Pena que ela não é.
Está tudo tão desgastado e eu continuo gritando por dentro. e chamando . e xingando.
Eu não gosto de te xingar. Muito menos de te chamar.
As pessoas simplesmente deveriam poder sentir o mundo de um jeito onde tudo ficasse claro e a telepatia bastasse para os verdadeiros pares. e se nós fôssemos um, você me contaria, não contaria?
Será que eu conseguiria isso de qualquer forma?
eu canto. eu choro. eu esperneio.
É incrível como tudo pode ser sobre mim.
As vezes isso é tão confuso que acho que o mundo me usa para grita-lo, e ser usada como meio do mundo vomitar o que sente pode não ser muito agradável, pode apostar.
As vezes ser feliz tão intensamente deveria ser proibido, porque você já sabe o que vem logo em seguida.
Não tem como ser feliz o tempo todo. não é natural. não é humano
só é divino. eu não sou divina.
E depois da alegria insana vem a amargura instantânea.
é. acho que foi ai que erramos. Bom, me julgue da próxima vez, não somos mais os mesmos de qualquer forma.
Será que isso é bom? eu espero ardentemente que sim.
as nossas apostas foram feitas. Não aguento mais perder meu coração na mesa.
E ainda assim não entendo porque você só me responde em caps look
as vezes parece que isso é bom.
Só se sinta tão bem assim. do mesmo modo que eu. e irei seguir seus passos daqui.
esperando e rezando e cruzando os dedos para tudo dar certo dessa vez. Por favor, só dessa vez, dê certo. eu estou te pedindo, muito e serio.
Tudo o que nós conhecíamos caiu.
E nosso mundo de fantasia e luzes brilhantes ainda aguarda.
.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

alguém me explica o por quê do meu lado da fronteira



eu grito e fico com vontade de gritar e dançar?
por que eu ainda me deixo ser influenciada desse modo?
será que ainda não aprendi onde tudo isso vai acabar?
ridícula
temperamental
esquizofrênica
é, eu acho que eu sou meio tudo isso. mas eu já não me importo mais
hoje eu estou é feliz
e amanhã eu não sei, é.
se for pra recolher meus cacos, eu posso até gritar, mas isso não vai fazer o modo como eu me sinto agora menos verdadeiro. forte e intenso.
café quente. espadas vermelhas. esmalte cobalto.
tudo isso gritando em mim.
e agora eu percebi sou eu que estou gritando.
não sei se é bom e odeio não saber. mas essa resposta me dá tanto medo que acho que não me importo tanto que continue em segredo.
meu coração está na sua manga. acho que ando lendo demais. ou talvez seja só a vida imitando a arte, de novo.
dramática? só se for para sempre. mas a necessidade já cessou e eu ainda estou aqui. vou ficar aqui. e você vai ficar com o meu coração.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

café ou mel?

forte. inesperado.repentino. doce. suava. lânguido.
sinos gritam as direções. não posso mais escolher. Difícil demais. Desnecessário demais.
Um fogo que me abate e canta canções para seduzir.
Café com mel. Café sem o mel.
Me agrada o que é forte. O que é doce, e o que é vivo.
Grito para você mas você não pode me escutar não é mesmo?
Ninguém pode me escutar. Pertence só a mim. Gostaria que não pertencesse.
Melhor gostaria que isso bastasse. As pessoas não são jogos. E eu só sei jogar pôquer.
Não tenho uma cara do pôquer. Não tenho um sexto sentido para isso.
Dizem que precisaria de certa perícia. Isso é uma pena.
A minha perícia é em destruir e ser destruída. Mas isso só sem querer. É obvio. Sinto muito se tudo o que fiz ou digo parece falso.
Mas não é. Nunca é falso. E te sinto. E sinto tudo.
O doce do mel escorrendo em meus dedos e manchando minha consciência.
Eu tentei. Sinto muito. Mais uma vez.
O incrível é que parece que eu estou sempre me desculpando. Sempre sentindo muito.
Eu quero o doce do mel e o amargo do café.
Eu queria o todo e a parte. Minha metonímia particular. Uma ironia desgastada.
Sempre senti muito.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

escolhas escolhas escolhas escolhas.
A vida gira em torno de escolhas. E só segue em frente quando fazemos escolhas. É também devido a essas escolhas que ela tende a parecer uma cópia errante do passado. São as escolhas que fazem tudo ficar repetitivo. A escolha de escolher ou não é a maior ironia existente. Eu escolhi por gostar de ironias.
É pelas nossas escolhas que o mundo nos vê por fora. É por nos preocuparmos com tão pouco que as escolhas ferem.Escolhas  que denigrem batem com força em nossa porta de tempos em tempos. Há certas escolhas que eu temo. Há também certas escolhas que só podem ser tomadas em meio ao pranto. As lágrimas que surgem das nossas escolha são méritos de um alienígena chamado coração. O meu coração vem de um planeta onde não ensinam como fazer escolhas. Eles apenas as jogam em meio os átrios e artérias, prontos para surgir na primeira oportunidade, sedentas de sangue. Sedentas por sangue e por escolhas.
O destino é um zombeteiro escolhedor de almas. Ele roubou meu nome e minha escolha. Não sei com qual alma a minha foi escolhida para encontrar. Sinto medo de escolher descobrir.