segunda-feira, 29 de novembro de 2010

reagir/libertar/ressentir/querer

pode parecer tão difícil as vezes.
mas eu sei que é preciso, vou permanecer aqui.
ir contra as vontades pelo o que é necessário.
As vezes me pergunto se vale a pena.
eu realmente espero que sim.
Só não espero descobrir que não é quando for muito tarde.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

eu já disse o quanto amo doce de leite?

me deixa feliz. me faz sentir aquela cócega no fundo do estômago. Até melhora o humor.
Amo tanto quanto amo você. Mesmo as 7 da manhã, e isso é muito, acredite.
Ando escutando muita música ultimamente. Sempre gostei de muita música. mas não escutava essas.
Alguma coisa está mudando aqui dentro. Talvez seja permanente.
eu não queria ter perder. não queria ter de pensar na possibilidade de te perder.
será que eu poderia acreditar numa verdade inventada?
um lugar comum onde as pessoas nunca partiriam, e o pra sempre seria o agora?
eu não sei. a realidade aflige. As vezes eu odeio tudo o que é verdadeiro, e isso inclui você.
Ultimamente eu não sei de muita coisa. Tem tanta confusão por perto que eu fico perdida.
Tudo está tão estranho, como se não bastasse mais. Eu queria poder gritar o que está me esmagando. 
Por que as coisas não poderiam ser mais simples de serem ditas? De serem vividas?
não precisa explicar tudo, só precisa estar presente.
não fale por mim, não sinta por mim. Só fale comigo, sinta comigo.


 Fica comigo. Agora.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

as vezes tenho sonhos de pedras.

as vezes eu ajo como elas.
mas o que eu queria mesmo era saber como ser tudo que está gritando aqui dentro.
sem surtar. sem fazer tudo errado sempre.
as vezes eu acho que eu quero demais.
sempre sei que quero demais. não posso negar.
mas é o meu querer gritando, que faz tudo ser assim, oblíquo.
se confundo tudo, se nada é o que parece, deixa o tempo.
o tempo pelo tempo.
quem sabe no fim, eu já não esteja mais aqui, deliberando?
quem sabe eu encontro a minha voz, a minha vez.
é, quem sabe.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

folcloreando por aí,

também me avisaram disso.
eu sou uma eterna tempestade em um copo d'água
respirar em fim.
paranóica e louca. que novidade há nisso?
a mais dramática das filhas.
eu sei, eu sei.
mas você sabe que a culpa disso também é sua, não sabe?
vou parar por aqui. daqui a pouco eu saio voando.
sabia que já vieram me verificar pra ver se a minha insanidade andas nas taxas corriqueiras?
eu queria poder te contar isso...
quem sabe amanhã.
fingindo que se importa...
eu gosto disso. pelo menos não dói tanto.
não quando você está aqui.
e quando tudo permanece assim, bem o que eu posso dizer?
eu aprendi a gostar de limonada...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

por favor, entenda.

eu só preciso de um pouco mais de ar, entende?
não assim. não como um silêncio que grita.
do tipo de silêncio que é tão íntimo quanto aquele seu sorriso.
ou aquelas duas pintinhas que você tem nos lábios.
você sabe que eu amo pintinhas.
e sério, quem tem pintinha na boca? é adorável.
sabe aquele silêncio de quando me abraça forte?
é, e dai que eu amo abraços?
e daí que eu choro as vezes, escondida?
você nunca deveria saber disso.
não finja que não entende, que tá tudo bem. faz tempo que eu não ando de patins.
eu sei e você também sabe o quão ridículo isso soaria.
e sou só eu de novo. por que isso tá me parecendo algo que já aconteceu?
eu e o meu drama.
você e o meu drama.
tanto faz. diamantes e cacos de vidro misturados.
não.
as vezes eu só acho que a gente se sufocou muito cedo.
eu deveria ter mentido. talvez.
mas eu acreditei não foi? eu  cumpri a minha parte. e você?
eu não sei se poderia dizer o mesmo. o fogo das minhas unhas.
eu não quero reescrever nada, e releituras podem ser bem chatas as vezes.
você sabe o quanto eu me importo. mas fingiu que não tava lá.
só vai falar que tanto faz de novo. 
e se dessa vez não for real, bem por que deveria eu falar nisso então? perde o seu valor.
cansei de coisas estranhas. não do que é estranho por natureza, você entendeu o que eu disse.
coisas estranhas me atraem. 
mas quando elas ficam estranhas desse jeito. 
sabe, entre a gente, tanto que dá vontade de gritar. 
me perdoe, mas é um porre.
será que eu só to errando mais uma vez? será que só eu que to errando?
e nem vem com chocolate. eu não to de tpm, porra.
você já devia ter percebido isso. além do mais eu ia preferir pão de queijo.
e você também já deveria saber disso.
mais uma vez deixou fugir por entre os seus dedos.
eu só queria poder te dizer agora, só agora.
que eu me importo. eu realmente queria.
mas eu não sei se a gente ainda tem tempo pra isso.
improvável. tempo é relativo? concorda comigo só agora.
uma música me contou que não. você sabe que eu não me importo. já faz tempo
e dai? um palavrão a mais não vai pesar tanto assim na sua consciência.
nem sei se você ainda tem uma. sinceramente.
só não me canse muito.
eu gostava da música, mas já não sei mais.
tá tudo desmoronando dentro de mim.
e por fora não existiam paredes reais.
era tudo bolha, cristal finíssimo. multicolorido de fino trato. só pros outros.
por dentro me prendia. asfixiava.
eu não posso mais, apenas.
mas fomos nós que quisemos assim.
te contei que gosto de ferro fundido?
vermelho na brasa da cor do meu esmalte?
eu acho que disse.
mas você provavelmente só fingiu estar lá.
me falaram que isso ia acontecer. eu sabia que ia.
mas eu esperava, de verdade, que demorasse um pouco mais.
e relaxa, tudo bem.
a culpa é minha, dessa vez. apesar disso não mudar como eu me sinto.
mas eu sinto como se eu estivesse sempre me desculpando, sempre transformando pequenas coisas em grandes.
eu não quero mais eventos. eu quero você
pra mim, sozinho. será que seria tão ruim assim? eu não vou te devorar vivo. não muito.
e nem vem com esse papo de insegurança, 
achei que eu fosse a criança patética da história. mas eu assumo que a sou. e você?
resolveu fazer papel de que dessa vez?
sinto muito,você não pode ser o meu batman. 
ou talvez seja só eu que não tenha talento pra ser uma princesa guerreira mesmo.
estamos flutuando e não podemos nos deixar alcançar.
sabe, eu não vou mais mencionar.
repara se quiser. liga se quiser. fica se quiser.
não quero mais pedir perdão. nem brigar, nem nada.
acho que não quero ao menos ter de fazer uma lista com você.
sabe como é, esses planos pro futuro.
é ridículo pensar num futuro que não seja a próxima semana.
e dessa vez não é só minha culpa.
eu queria poder ter algo mais que isso. acho que me enganei.
e a minha vontade de te beijar se misturou com esse nó no estômago. nem um nem outro, sabe como é? eu sei que você sabe.
eu acho que eu só queria poder parar no tempo e assistir. você e o resto.
eu achei que seria diferente no final das contas.
eu achei que eu fosse, você sabe, só poder falar com você.
e dai que não sou tão inocente assim?
ninguém se importa mais com isso. eu não me importo.
não se você continuar. mas finja que eu não disse nada, por favor.
eu nen ao menos entendo como tudo ficou assim, sério.
tudo ficou tão... assim, de repente.
fumaça. eu sei que essa bagunça toda é você. é como a gente.
eu queria poder não sentir isso. queria que você também não.
talvez eu esteja só divagando, de novo.
quem sabe? são só os nossos prós e contras se somando.
mas eu tenho que parar de ler isso.


e quem sabe, até mesmo, ler mais você.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Do You Know What I'm Seeing




 tudo de novo. e mais umas mil vezes.
mil milhões de vezes.
acho que é esse o meu número da sorte.


sem palavras, só números.
sem caminhadas, passos demais.
me cansei dos exageros.
só mil milhões agora.


eu não quero mais dividir, nem nada.
a única fórmula que eu sei é a do delta.
e a do seu rosto. de todos eles.
eu já decorei todos os formatos e variáveis.
os angulos tão. bem, você sabe.
só me deixe recobrar a consciência de novo.
os pássaros são todas as palavras.
acho que eu estou me perdendo.
lembranças sempre me consumiram como se eu não tivesse nada a que me prender.


e talvez eu não tenha mesmo.
eu li que você poderia me salvar? será verdade?
eu acho que não.
eu me perdi tanto. só não quero ter de voltar.
ao que eu era. só até quando você estava lá
tão de repente.
tomava conta de tudo. de uma forma quase boa demais.


eu esqueci. não quero mais números.
mil milhões me bastam. não será ótimo?
eu digo, se você continuar aqui?


bem você já sabia, desde o início. sempre foi assim.
eu já esperava.
sempre quis, e você também já sabia disso.
mas diz que não. só mais mil milhões de instantes. 
aqui, novamente.