sábado, 25 de junho de 2011

dancing with myself

e eu achei que tinha medo mesmo é esquecer daquilo que deveria me fazer ser o que sou.
Mas aí se percebe que isso é um monte de lixo pseudo-verdadeiro, escória.
Nada funciona na prática e o que acaba deixando assustada de verdade, uma garotinha apenas, escondida embaixo das cobertas, rezando para ser salva, é aquilo o que ela é de verdade.
O que assuusta mais do que tudo é aquilo o que mais fortalece, a única coisa capaz de fazer sentir, de suportar.
Eu sou a única coisa que me aflige, e é por isso que assusta tanto, por que só a realidade tem o dom de ser cruel, e só eu posso ser minha pior inimiga.

terça-feira, 21 de junho de 2011

oração

e aquela mania de achare que na vida só vai existir uma pessoa que vai te entender, te suprimir.
aí a gente acorda, lava o rosto e ri da própria cara.
se liberta dessa obrigação de sentir.
reaprende o que é sentir. como sentir.
e vê que tudo fica mais bonito, mesmo que com um ângulo diferente ou com uma distorção proposital.

domingo, 19 de junho de 2011

Dó maior.


e aquela sensação de não sentir o que está abafado, corroendo por dentro.
Da música nova surgindo por entre borrões de consciência, como num sonho esquizofrênico.
De gritar e não sair som nenhum.
E todas aquelas cores, rodopiando no vento, tingindo tudo com seus tons pastéis.
Tons de lá menor.
Tantos tons florindo.
Cortando a terra para surgir, fazendo tudo sangrar outra vez, e aqueles tons sangrando de novo.
Todos recomeçando a ser.
Tão lindo que dói. Que se perde. Tudo sustenido.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

desabafo


sem lição de moral nem nada, mas a partir do momento que você passa a prejudicar pessoas com quem me importo com todo esse falso sentimentalismo, não posso fazer nada.
se alguém tenta tirar do sério, depois de muito tentar, consegue. E se tudo o que quer é sugar o tempo. Sinto muito, eu não tenho muito o que oferecer.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

lugar comum.

Esses gigantes incompreendidos. fantásticos no seu lugar. frios, macios e desesperados. Nada de olhar para trás e aprender com os erros. Só apenas olhar para trás e sentir de novo. Manter a postura e correr até perder o fôlego. Os olhos fechados. O coração aos saltos.
Os pés ardendo. O corpo que sente a ânsia de se libertar. E não consegue. Tudo girando no mesmo lugar, e aquele riso, que te invade e te rouba e te seduz. Sem você nem ao menos saber o porque. Sem que você se importe. É disso tudo que eu falo. Desse frio que parece saído dos ossos e te toma por inteiro e depois foge, como se por mágica. No lugar dele fica aquele vento no estômago.
Aquela lava que corre pelo couro cabeludo. Por entre as veias. Através dos dedos das mãos e dos pés. E quando a gente percebe, não é mais a gente quem está lá é um estranho lindo. Ou um horrível desconhecido. Coisa metade gente metade gente. Como se fosse você mesmo sem ser, e meu amigo, quando essas coisas acontecem...
Acredite, falta pouco. Segurar na mão e mergulhar num vazio, num escuro e num medo absurdo, para em seguida tudo isso virar poeira na memória. Os erros tornam-se luz. Rindo de você. E apontando e julgando.
E por mais ridículo. não importa. você deixou de se importar no mesmo momento em que deixou de temer. Logo tudo virará um sonho enevoado e voltará a ser aquela primeira condição.
Indo e voltando infinitas vezes.
E sem que possa sentir já mudou tanto que nada sobrou de você mesmo. Só esse estranho e desconhecido que insiste em te preencher.
 

sexta-feira, 3 de junho de 2011