sexta-feira, 10 de setembro de 2010

café ou mel?

forte. inesperado.repentino. doce. suava. lânguido.
sinos gritam as direções. não posso mais escolher. Difícil demais. Desnecessário demais.
Um fogo que me abate e canta canções para seduzir.
Café com mel. Café sem o mel.
Me agrada o que é forte. O que é doce, e o que é vivo.
Grito para você mas você não pode me escutar não é mesmo?
Ninguém pode me escutar. Pertence só a mim. Gostaria que não pertencesse.
Melhor gostaria que isso bastasse. As pessoas não são jogos. E eu só sei jogar pôquer.
Não tenho uma cara do pôquer. Não tenho um sexto sentido para isso.
Dizem que precisaria de certa perícia. Isso é uma pena.
A minha perícia é em destruir e ser destruída. Mas isso só sem querer. É obvio. Sinto muito se tudo o que fiz ou digo parece falso.
Mas não é. Nunca é falso. E te sinto. E sinto tudo.
O doce do mel escorrendo em meus dedos e manchando minha consciência.
Eu tentei. Sinto muito. Mais uma vez.
O incrível é que parece que eu estou sempre me desculpando. Sempre sentindo muito.
Eu quero o doce do mel e o amargo do café.
Eu queria o todo e a parte. Minha metonímia particular. Uma ironia desgastada.
Sempre senti muito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário