sábado, 1 de janeiro de 2011

2011


 Pra você guardei o amor que nunca soube dar, o amor que tive e vi sem me deixar. Sentir sem conseguir provar. Sem entregar e repartir. Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar, o amor que vive em mim vem visitar, sorrir, vem colorir solar. Vem esquentar e permitir. Quem acolher o que ele tem e traz, quem entender o que ele diz no giz do gesto o jeito pronto, do piscar dos cílios, que o convite do silêncio exibe em cada olhar. Guardei sem ter porque nem por razão ou coisa outra qualquer. Além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar. Achei vendo em você. E explicação nenhuma isso requer, se o coração bater forte e arder no fogo, o gelo vai queimar.
 Pra você guardei o amor que aprendi, vem dos meus pais. O amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz. Céu cheiro e ar na cor que arco-íris risca ao levitar. Vou nascer de novo: lápis, edifício, tevere, ponte. Desenhar no seu quadril. Meus lábios beijam signos feito sinos. Trilho a infância, terço o berço do seu lar,


 L.F.N.F.

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